O governador Mauro Mendes (União) reconhece que não conseguirá solucionar os problemas da saúde pública da Capital em 90 dias, mas garante que, se for decretada a intervenção novamente, irá promover grandes melhorias no setor.
“Essa é uma decisão que compete aos desembargadores. Se o Tribunal de Justiça decidir, seguramente vamos nomear alguém, vamos para lá, trabalhar e ajudar a minimizar o caos. Em 90 dias não vamos resolver num passe de mágica, mas com trabalho sério vamos melhorar muito a saúde”, garante.
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça se reúne ordinariamente nesta quinta-feira (9) para decidir sobre a intervenção na saúde de Cuiabá. O pedido do Ministério Público Estadual (MPE) era para ter sido julgado no último dia 23, mas foi adiado devido a um pedido de vistas compartilhado dos desembargadores Rubens de Oliveira e Juvenal Pereira.
“Nunca fiz nenhum movimento nem contra nem a favor a essa decisão. Ela compete exclusivamente ao Tribunal de Justiça, mas como cidadão cuiabano me corta o coração ver o sofrimento de grande parte da população. Basta andar pelos bairros, falar com as pessoas que usam as unidades de saúde. É lamentável todo o descaso e tudo que está acontecendo na saúde, e não só na saúde”, completou Mendes.
Ele afirma que não foi possível avançar no período que o Estado esteve à frente da Secretaria de Saúde devido ao pouco tempo. O Judiciário de Mato Grosso, através do desembargador Orlando Perri, decretou a intervenção estadual na Saúde da Capital em 28 de dezembro passado.
Em 6 de janeiro deste ano, contudo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu um recurso da Prefeitura de Cuiabá e suspendeu a decisão limitar, sob a justificativa de que a medida não havia sido apreciada pelo colegiado.
“Foram apenas sete dias, é muito pouco tempo. Nós começamos um diagnóstico para entende o tamanho do problema, como estava a situação financeira da Secretaria para começar a construir soluções. [...], mas cessou a intervenção por uma decisão do STJ e o caos continua instalada”, disse Mendes.
Nesse sentido, o governador afirma que espera que a decisão não seja postergada. “Só espero que decida logo isso também, não dá para ficar postergando uma decisão. Ou sim ou não, tem que ter uma decisão para que os caminhos possam seguir”, finalizou.
.jpeg)
