A interventora estadual na Saúde municipal de Cuiabá, Danielle Carmona, admitiu que está constantemente preocupada com a necessidade de “devolver” a administração da saúde à Prefeitura de Cuiabá. O prazo de 90 dias da intervenção acaba em duas semanas.
“Essa é uma preocupação constante. Não só da equipe, mas dos próprios usuários, eles estão nos questionando. A partir do momento que voltar para gestão municipal, a autonomia é do gestor”, disse Danielle, durante vistoria ao plantão de cirurgias no antigo Proto-Socorro de Cuiabá, no sábado (27).
O Ministério Público solicitou prorrogação da intervenção até o fim de 2023 e caberá ao Tribunal de Justiça decidir sobre o fato. O Tribunal de Contas do Estado trabalha em um parecer sobre os resultados da intervenção até o momento para municiar o Judiciário.
Apesar de existir uma expectativa pela recomendação da continuidade da intervenção, o presidente da Comissão de Acompanhamento da intervenção do TCE, conselheiro Sérgio Ricardo, garantiu que a decisão será técnica e tomada somente após minucioso escrutínio dos relatórios apresentados pela interventora Danielle Carmona.
Ele também garantiu que ao fim da intervenção seja assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e também um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) para normatizar a administração da Saúde em Cuiabá. Essa, a aposta de Danielle para a continuidade das ações da intervenção.
“Ccomo os órgãos de controle tem nos acompanhando, eles também têm essa preocupação. Acredito que eles estão estudando uma forma de fazer com que o município de um jeito de dar continuidade a essas ações e garantir que a população não fique desassistida”, disse a interventora.
