O governador Mauro Mendes (União) admite ter, inicialmente, se empenhado pessoalmente para garantir a retomada da discussão sobre o projeto de lei que que proíbe o transporte, a comercialização e o armazenamento de peixes nos rios de Mato Grosso por cinco anos.
"A Casa Civil tem feito seu papel, mas eu particularmente coordenei durante alguns dias as estratégias para que esse projeto pudesse voltar à mesa, às discussões na Assembleia Legislativa", comentou à imprensa na manhã desta terça-feira (6).
Para Mauro, a implementação da medida se faz necessária para garantir a preservação dos peixes nos rios, tendo em vista a extinção de várias espécies nos últimos tempos.
“Ninguém tem dúvidas que os peixes estão acabando no estado de Mato Grosso. [...] É muito comum você ouvir relatos de pessoas que foram pescar e não pegaram nada”, argumentou.
Mendes acredita que a pesca esportiva pode trazer muito mais vantagens para Mato Grosso, tanto na questão ambiental quanto no que diz respeito à questão econômica. Isso, porque abrange não apenas a pesa em si, como outras atividades econômicas.
“O turismo da pesca é algo que pode gerar riquezas muito maiores para o Estado, para a sociedade e para os próprios pescadores profissionais. Nós temos relatos de algumas regiões do estado, onde esses profissionais [pescadores] estão trabalhando como guias, como piloteiros em pousadas, ganhando salários muito melhores”, colocou.
Diante disso, o governador afirma que não tem dúvidas que poderá gerar nova atividade econômica para o Estado com a aprovação dessa lei.
“Se nos recuperarmos essa atividade, povoarmos melhor os nossos rios e dedicarmos isso a pesca esportiva, nós vamos ter uma outra atividade econômica de valor agregado, porque não é só no rio, é na chegada do aeroporto, na van que aluga, no shopping, existe uma cadeia muito longa que é ativada”, completou.
Na prática, a propositura proíbe o transporte, armazenamento e comercialização do pescado em todos os rios de Mato Grosso por um período de cinco anos, contados a partir de 1º de janeiro de 2024.
A proposta entrou em tramitação na última quarta (31) e foi aprovada, em primeira votação, na sessão extraordinária da sexta (2).
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