O geólogo Darlan dos Santos membro da Companhia Matogrossense de Mineração (Metamat) afirma que a situação da MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, quanto ao risco de desmoronamento da rocha superior situada na região do Portão do Inferno é ‘imprevisível’ e que a qualquer momento elas podem ceder.
“O tempo geológico é imprevisível, pode cair hoje, pode cair amanhã, pode cair daqui 30 anos, mas uma hora ele vai cair. O problema é que não temos esse estudo para indicar se há um aumento recente ou não”, argumentou.
O geólogo integrou a comitiva que esteve em Chapada dos Guimarães nesta sexta-feira (12) para inspecionar as obras de contenção que estão sendo realizadas no local após desabamentos de terra frequentes e a paralisação parcial de uma das vias da MT-251.
Ele argumenta que quanto a um risco em iminente, isso depende da quantidade de chuvas. “Aqui é arenito, como o arenito do lado existe muito preenchimento de água, isso descola, é tipo uma cola que vai voltando placas e vai desmoronando [com a chuva]”, declarou.
Apesar da falta de estudos mais detalhados quanto à pista, que além de sofrer com desabamento na parte superior do paredão está também com uma rocha inferior oca onde transitam os veículos, o especialista avalia que a situação é, sim, de risco.
“Tecnicamente, para a gente ter os dados, precisávamos fazer mais estudos, com uma periodicidade de dados para ter realmente uma indicação melhor para a pista. Visualmente, ela está em risco, usando todos os dados que a gente teve, informações de outros estados, que também fizeram o mesmo tipo de trabalho, a gente está em uma situação de risco”, considera.