Enquanto o União Brasil, o PSD e o PRD protagonizaam as discussões sobre ter presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (União) como candidato a prefeito por Cuiabá em 2024, ou até fechar as portas para ele, o Partido Progressista adotou uma postura mais calma e amena consolidar a aliança com o pré-candidato cuiabano.
“Correndo pelas beiradas”, como diz o jargão popular, o PP aproveita o momento de indecisão e possíveis portas fechadas para ter Botelho como candidato principal ou fechar uma aliança forte com o pré-candidato.
A novela é antiga e está mais do que escancarada na mídia. Dentro do União Brasil, mesmo figurando em primeiro lugar nas pesquisas de intenções de votos e tendo a preferência dos grandes caciques do partido, tais como os irmãos Campos (Jayme e Júlio) e Dilmar Dal Bosco, Botelho poe estar sendo jogado para escanteio pelo presidente estadual da sigla, o governador Mauro Mendes, que não esconde que seu candidato a prefeito é o atual chefe da Casa Civil, Fábio Garcia.
Não bastasse essa situação, Mauro ainda cozinha Botelho em “banho Maria” e não libera o deputado estadual para sair do União.
Já no PSD, até o ano passado Botelho tinha portas abertas e uma garantia de que, se migrasse para o partido, teria total apoio para disputar as eleições municipais. Todavia, em um revés político digno de seriado de suspense, no início de janeiro deste ano, o PSD acatou uma ordem do presidente Lula (PT) para que em Cuiabá apoie o candidato indicado pela Federação Brasil da Esperança (PT, PV e Pc do B). Embora isso possa parecer uma situação de portas fechadas, Botelho ainda acredita que pode migrar para a sigla, basta conseguir a tal carta de liberação de Mauro Mendes, que nunca chega.
De outro lado existe o recém-criado PRD, advindo da fusão nacional entre o PTB e o Patriotas. O partido busca criar um supergrupo em Mato Grosso e mira lideranças fortes em todo o estado. Figuras como Dilmar Dal Bosco, Jayme e Júlio Campos, Antônio Galvan, Neurilan Fraga e Bruno Rios (vereador de Várzea Grande) já foram convidados a entrar no partido. A surpresa mesmo aconteceu na noite dessa quarta-feira (24) quando o braço direito do governador Mauro Mendes, o ex-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho, é quem vai comandar a sigla se tornou favorito para assumir o comando do novo partido.
Nessa quarta Mauro Carvalho se reuniu com o presidente nacional do PRD, Ovasco Resende em São Paulo e fechou o acordo para comandar a sigla. Com isso, ficou acordado que Dilmar e Júlio permanecem no União, porém vão ajudar Carvalho a estruturar a sigla. Ainda não se sabe se isso representa portas fechadas para Botelho, mas que elas estão semiabertas, elas estão.
Tá, mas e o PP?
Em conversa com a reportagem do Leiagora, o vereador por Cuiabá, Demilson Nogueira (PP) garantiu que o Progressista está em conversa com Botelho, mas nos bastidores e sem muito alarde. A sigla obviamente tem pretensão de figurar como grande nome na capital mato-grossense e se aproveita dessa bagunça no tabuleiro político para tentar mostrar para o Chefe do legislativo Estadual que a melhor casa é o PP.
“O deputado Paulo Araújo, que é o presidente do Diretório Estadual, junto com o Euzébio Andrade, que é o presidente do Diretório Municipal, já acenaram para o deputado Botelho que as portas do PP estão abertas e com certeza ele será bem acolhido por nós. Essa conversa já está acontecendo, depende unicamente e exclusivamente da decisão do deputado Botelho de permanecer ou não no União Brasil e se o partido vai dar a ele a oportunidade de disputar as eleições por lá. Não disputando por lá, o PP está 100% à disposição dele”, disse Demilson Nogueira.
Caso não seja protagonista nas eleições municipais, o Progressista busca mostrar lealdade à Botelho, apoiando o pré-candidato aonde ele for e, quem sabe assim, compor o grupo forte que atualmente lidera as intenções de voto em Cuiabá.
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