Os impactos econômicos em Chapada dos Guimarães (67 Km de Cuiabá) desde o início do bloqueio parcial da MT-251, na região do Portão do Inferno, em dezembro do ano passado, atingem praticamente todos os setores do município.
A declaração é do prefeito Osmar Froner (MDB), que revelou uma queda de 80% na renda comercial da cidade.
“É bastante significativa a queda, né? O nosso estudo indica que 80% houve redução, não só da Chapada, mas desse corredor que tem vários negócios, desde a praça de alimentação até Rio dos Peixes, o balneário, a Salgadeira. Houve redução por conta do fluxo, é um momento difícil da cidade economicamente e socialmente”, explicou.
O gestor municipal busca agora auxílio do Governo do Estado para auxiliar empresários locais diante da crise financeira.
“Nós fizemos uma legislação municipal de fundo de apoio e queremos aportar um recurso para que seja de aval aos empresários que estão mais endividados [...] isso vai ajudar alguns comerciantes”, disse.
O governador Mauro Mendes já anunciou que vai disponibilizar uma linha de crédito especial aos comerciantes e empresários de Chapada.
“Vamos disponibilizar uma linha de crédito especial para que eles possam continuar investindo. [...] Dentro daquilo que é política pública, aceitável e considerável, nós vamos agir”, garantiu o governador.
Na quinta-feira (28), o Estado anunciou o projeto de retaludamento do paredão, que colocará fim aos deslizamentos no local. A contratação da Lotufo Engenharia, que vai executar a obra, foi feita por meio de uma licitação emergencial. Mas a empresa só poderá começar os trabalhos após a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio).
“Nós esperamos que os procedimentos, principalmente de licenciamento ambiental, pelos órgãos responsáveis, tenham celeridade. [...] Eu vou estar acompanhando, como prefeito, no sentido de que o cronograma evite o máximo a interrupção. [...] Acho que nós precisamos conciliar a passagem com a obra, que é possível”, concluiu Osmar Froner.