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11/04/2024 às 18:01

PEGOU MAL

Vereadores de direita e da esquerda criticam bancada de MT que votou a favor da soltura de mandante de assassinato de Marielle

Maysa Leão afirmou que o voto de Abílio Brunini mostra que Cuiabá corre um sério risco caso o deputado federal seja eleito prefeito nas eleições deste ano

Da redação - Paulo Henrique Fanaia / Da reportagem local - Jardel P. Arruda

Vereadores de direita e da esquerda criticam bancada de MT que votou a favor da soltura de mandante de assassinato de Marielle

Foto: Reprodução

O posicionamento da bancada federal de Mato Grosso com relação a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido – RJ), acusado de ser o a favor da soltura do mandante do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, repercutiu na Câmara de Cuiabá nesta quinta-feira (11). Os vereadores não pouparam criticas aos parlamentares federais que votaram a favor da soltura do congressista na noite desta quarta-feira (10) na Câmara Federal.  

A vereadora Maysa Leão (Republicanos), por exemplo, preferiu mirar no deputado federal Abílio Brunini (PL). Para ela, o posicionamento do deputado liberal demonstra incongruência no discurso de que “bandido bom é bandido morto”.


Ela vai mais além e ainda classifica como uma “vergonha”, o voto de Abílio e afirma que isso mostra que Cuiabá corre um sério risco caso o deputado federal seja eleito prefeito da Capital nas eleições deste ano. Para a vereadora, além de passar o recado de que o feminicídio compensa, Abílio apresentou narrativas que não cabem em discussões políticas.
 
“É uma vergonha ter visto os deputados votarem dessa forma e tentando justificar. Não é de narrativa que o povo precisa, o povo precisa de políticas públicas. ‘Bandido bom é bandido preso, desde que não seja da minha turma’. Foi o recado que eles deram (...), imagine se o deputado Abílio Brunini se torna o prefeito de Cuiabá? Aqui estaremos expostos. (...) Esse é o perigo que Cuiabá está correndo”, disse a vereador em entrevista concedida na manhã desta quinta-feira (11).
 
Além de Abílio, outros quatro deputados federais de Mato Grosso votaram a favor da soltura de Brazão. Trata-se de Coronel Assis (União), José Medeiros, Coronel Fernanda e Amália Barros, todos do Partido Liberal (PL).
 
As críticas de Maysa são endossadas pela vereadora Edna Sampaio (PT). A petista 
espera que o posicionamento de Abíliio reflita nas eleições majoritárias deste ano, bem como no pleito de 2020, quando os federais devem disputar a reeleição.
 
“É lamentável que a bancada de Mato Grosso tenha votado para liberar um miliciano, mandante do assassinato da vereadora Marielle sob a alegação de imunidade parlamentar. Eu espero que reflita nas eleições de 2026, que as pessoas pensem melhor em quem votar, não votar na modinha, mas votar em quem realmente possa atender os nossos interesses”, disse a parlamentar.

Outro que também desceu a linha nos congressistas mato-grossenses foi o vereador Dilemário Alencar (União). Mesmo estando no mesmo partido do Coronel Assis, o parlamentar da Capital afirma que é inaceitável usar subterfúgios para proteger criminosos.

Para o vereador, deveria haver uma iniciativa dos próprios deputados federais para derrubar esse tipo de prerrogativa que pode proteger deputados e senadores que cometem crimes.

 
Não satisfeito, o vereador ainda cutucou Abílio e Assis, dizendo que o eleitor está de olho nas votações que acontecem em Brasília: “Quem votou pela soltura tem que responder por seus atos”.

 
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