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Notícias / Judiciário

28/10/2021 às 21:29

Sócio de cervejaria, empresário é o terceiro alvo da Polícia Federal e está foragido

Ele é sócio da Cervejaria Cuyabana junto com Joany Costa, esposa do ex-secretário municipal de Saúde, Célio Rodrigues

Débora Siqueira

Sócio de cervejaria, empresário é o terceiro alvo da Polícia Federal e está foragido

Foto: Reprodução/Instagram

A terceira pessoa com mandado de prisão e procurado pela Polícia Federal na Operação Cupincha é o empresário Liandro Ventura da Silva. Ele é sócio da Cervejaria Cuyabana junto com Joany Costa, esposa do ex-secretário municipal de Saúde e ex-diretor da Empresa Cuiabana de Saúde, Célio Rodrigues, preso na manhã desta quinta-feira (28).
 
Para a Polícia Federal, Célio seria o verdadeiro dono da cervejaria, que pode ter sido adquirida com dinheiro de desvio da Saúde, em Cuiabá. A Operação Cupincha investiga crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos destinados à saúde.
 
Além da Cervejaria Cuyabana, Liandro também é proprietário da empresa Ventura Prestadora de Serviços Médicos Hospitalares Ltda, que tem nome fantasia Hospmed Servicos Medicos e Hospitalares. Ele também é irmão de Leilson Ventura, dono da empresa de fachada LV que foi alvo de busca e apreensão na primeira fase de Operação Curare, da Polícia Federal.
 
Para o delegado da Polícia Federal, Charles Cabral,  Célio e os demais investigados foram alvos da operação porque têm ‘envolvimento a ser demonstrado e são pessoas de interesse à investigação’.
 
“O que a investigação demonstrou é a aproximação entre o servidor [Célio] com as empresas investigadas, compreendeu diversos aspectos, inclusive a aquisição da cervejaria”, finalizou o delegado.
 
Operação Cupincha

 
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (28) a Operação Cupincha, segunda fase da Operação Curare, desencadeada em 30 de julho, visando à realização de diligências investigativas ostensivas, bem como de identificação e de constrição patrimonial, em decorrência de atos de corrupção e lavagem de capitais, envolvendo o desvio de recursos públicos destinados à saúde.
 
Ao todo, serão cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Cuiabá e Curitiba (PR), além dos 3 mandados de prisão.
 
Na primeira fase da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá e que recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.
 
Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, de forma a tentar ocultar o real destinatário dos recursos.
 
A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando à dissimulação dos eventuais beneficiários.
 
Paralelamente, o grupo empresarial investigado na primeira fase da Operação Curare promovia supostas “quarteirizações” de contratos administrativos, que viriam a beneficiar, em última instância, o ex-secretário municipal de Saúde pelas contratações com a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, incluindo o pagamento de suas despesas pessoais.
 
O nível de aproximação entre as atividades públicas e privadas dos investigados envolveu a aquisição de uma cervejaria artesanal, em que se associaram, de forma oculta, o então servidor público e o proprietário do grupo empresarial investigado.
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