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Notícias / Política

09/02/2023 às 13:30

Sexta prisão da gestão municipal repercute na Câmara e vereadores convocam população para #foraemanuel

Os vereadores também consideram uma incoerência a abertura de uma CPI para "investigar o investigador" e ignorar os escândalos e caos na Saúde

Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Paulo Henrique Fanaia

Sexta prisão da gestão municipal repercute na Câmara e vereadores convocam população para #foraemanuel

Foto: Câmara de Cuiabá

Os vereadores de oposição por mais que tentem garantir uma investigação, afastamento e até mesmo a cassação do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), acabam patinando com a base do emedebista que ainda conta com maioria na Câmara de Cuiabá. Diante da sexta prisão de secretário em seis anos de gestão, os parlamentares aproveitaram para cobrar também a participação da população para pressionar os colegas que compõem o grupo de aliados do chefe do Executivo. 

Em meio às diversas críticas, os vereadores de oposição prometem não desistir e insistir com propostas que visem cassar o mandato do prefeito, mas lembram que estão há pouco mais de um ano para a próxima eleição, e que o povo precisa ir às ruas pedir o Fora Emanuel. A deflagração da Operação Hypnos, na manhã desta quarta-feira (9), fortaleceu o discurso da oposição, mas a base do prefeito ainda insiste em criar uma CPI para investigar a intervenção, que foi a responsável por apontar mais um esquema de corrupção presente na Saúde de Cuiabá. 

Leia também: Confira quem são os alvos da Operação Hypnos

Demilson Nogueira (PP) aponta que a operação e prisão de Célio Rodrigues não surpreendeu a oposição e considera uma incoerência a criação da CPI da Intervenção: “vai investigar o investigador”. Ele ironizou ainda o fato de ser a segunda vez que o ex-secretário vai preso e falou sobre o caos que a saúde de Cuiabá vive. 

“A gestão do prefeito Emanuel Pinheiro chegou ao fim, é uma gestão escandalosa, e ele tenta o tempo todo desviar o foco com esta maluquice dessa CPI apresentada pelo Luiz Cláudio, que é investigar o investigador. A gente vê que eles saíram do prumo, perderam o equilíbrio e são 2224 dias de gestão que resultaram em seis operações, uma cidade abandonada, uma cidade com obras inacabadas, e agora querem investigar 8 dias de uma intervenção”, afirmou. 

Felipe Corrêa (Cidadania) já tem um histórico de lidera o movimento Fora Emanuel e apontou ainda que os escândalos na saúde vão além da questão da corrupção, mas também provocam a morte dos cidadãos que estão na fila da saúde, precisando de atendimento, medicamentos e exames. O parlamentar reforçou também a necessidade de a população se engajar na causa e cobrar a base do prefeito para aprovar o afastamento de Emanuel. 

“A pressão mais legítima é a do cidadão, vamos continuar cobrando, imprensa faz isso, mas o cidadão tem legitimidade para cobrar todos os vereadores, não apenas os que eles elegeram. Daqui menos de dois anos teremos uma eleição, muitos dos vereadores quando este prefeito for afastado, preso, assim como alguns dos seus secretários já o foram, vão começar mudar a narrativa, essa mudança vai ser objetivando ter voto, não estamos falando apenas de investigar, estamos falando de gente morrendo”, declarou à imprensa antes da sessão iniciar. 

O vereador Eduardo Magalhães foi outro que deixou claro que a operação não surpreende e relembrou que o próprio prefeito já admitiu R$ 200 milhões. Ele apontou ainda que não entendeu onde a base quer chegar com a CPI da Intervenção. “A prisão do ex-secretário deixa claro que existe algo errado na SMS, agora a CPI é tão somente investigar o investigador e não o acusado. Como investiga o interventor e não a denúncia? E não vamos investigar para onde foi parar o rombo de 200 milhões? O prefeito assumiu que tem um rombo de R$ 200 milhões e ainda não entendi onde querem chegar com essa CPI”, questionou. 

Michelly Alencar (União), que já denunciou o vencimento de toneladas de medicamento, também fez um chamamento da população e destacou que o escândalo envolvendo o ex-secretário trata-se de uma “fábrica de dinheiro” dentro da SMS. “Amanhecemos com mais uma operação, e quando se diz que a atual gestão é uma fábrica de escândalos, é isso que estamos vendo. Basicamente tivemos a comprovação do que já vínhamos denunciando. Um esquema dentro do HMC e da empresa cuiabana, temos ali uma organização criminosa que atua diretamente retirando da saúde recursos que são fundamentais. Quando não tem  médico, exame, o motivo está no desvio de dinheiro”, finalizou.

Matéria corrigida às 15h11 para alterar a informação sobre o número de secretários presos na atual gestão da Capital. 
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